Kelly Moraes

Kelly Moraes
Devemos cuidar de dar um passo à frente, um passo por menor que seja.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Continuação - Para fazer rádio comunitária com C maiúsculo

3)Montando uma rádio
Para se montar uma rádio é necessário se pensar em uma estação de rádio, que seria o comunicador, as ondas eletromagnéticas, que seria a mensagem e o aparelho de rádio, que seria o ouvinte.
Primordialmente temos que pensar no estúdio da rádio, nos equipamentos que farão parte da rádio. Com o kit completo de transmissão, com equipamentos básicos, que são: microfone, mesa de som, antena, chave híbrida, computador ou um aparelho de cd já se pode montar uma rádio e colocá-la em funcionamento. E para mais sofisticação nos estúdio é necessário um pouco mais de recurso para tal investimento.

4)Rádio Livre e outras ideias
As rádios livres foram bombásticas na década de 80. Muitos jovens Sorocabanos entusiasmados com a radiofonia começaram a usufruir das rádios por terem facilidade na compra dos esquipamentos, mas não chegaram a vingar pois eram ilegais e tinham a playlist muito parecida com as rádios comerciais da época. Algumas desta se legalizaram e outras foram extintas. Estas rádios podem ou não ter caráter político, religioso, mas estas são diferentes das rádios comunitárias, pois as rádios comunitárias visam o bem de sua comunidade sem se prender a nada.
Estivem várias maneiras de transmitir a mensagem pelo rádio, através de rádio comercial, rádio comunitária, rádios “web”, cassete-fóruns entre outros.

5)Rádios Comunitárias no Brasil
As rádios comunitárias não era legalizadas até 1998, quando o ministro de comunicação na época de FHC decretou a lei nº 9612/98, que autoriza a instalação de rádios comunitárias de baixa potência no Brasil. Quando promulgada a lei, muitas rádios foram fechadas. A maioria delas trabalham de maneira ilegal, sem democracia comunitária.
5.1)Quem faz os movimentos das rádios comunitárias?
A diversidade de assuntos é o foco principal na rádio comunitária, sempre devem existir temas e ideias diferentes, mas as estratégias acabam se perdendo as vezes. Nem todas e quase a maioria das rádios não são legalizadas formalmente.
5.2)Tipos de emissoras comunitárias e a má fé dos oportunistas
Existem 04 tipos de “rádios comunitárias”
Rádios Comunitárias: mesmo sem outorga ou não operando conforme o projeto original, têm a intenção de funcionamento democrático, abrindo suas portas e estimulando a participação da comunidade onde estão inseridas. Portanto, são as comunitárias “com C maiúsculo”;
• Rádios Livres: como já visto, são emissoras que não estão necessariamente em busca do amparo legal nem preocupadas em recompor o tecido social em torno da sua prática. Mas têm importante papel ao confrontar o coronelismo eletrônico, ou seja, a posse e utilização política das estações de rádio e televisão por grupos e familiares de elites normalmente políticas e/ou religiosas; Assim como as comunitárias “com C maiúsculo” sem outorga, são comumente rotuladas como rádios “piratas”;
• Picaretárias: é uma expressão empregada para a emissora “comunitária” de intenção comercial e/ou de propriedade de políticos profissionais. Estas emissoras usam brechas da lei para brigar pela outorga de comunitária, mas adotam práticas mais comuns às comerciais, sendo utilizadas em benefício e/ou promoção do(s) seu(s) proprietário(s). São comunitárias de fachada, normalmente absorvidas pela prática do coronelismo eletrônico;
• Neopentecostais: são emissoras de pequenas igrejas neopentecostais, evangélicas e/ou católicas, congregações de menor poder aquisitivo, ou mesmo corporações religiosas sem um grande veículo de comunicação à sua disposição. Assim como as “picaretárias”, também são compostas por oportunistas de plantão que conseguem outorga de comunitária e utilizam o veículo para fins específicos ou particulares. Mesmo em menor escala que as “picaretárias”, não deixam de incorporar certas práticas comuns ao coronelismo eletrônico;

6)A comunicação tem que ser feita a partir do pensamento de emissor-receptor. A mensagem é rápida, porque não pode ser guardada como num jornal, revista, etc. A pessoa pode ouvir enquanto faz qualquer outra atividade, por isso sua recepção é boa. Não há sinais visuais, somente áudio, ruídos, músicas e etc. Temos que saber preder a atenção do ouvinte com isso que nos é cabido.

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